Eu visto 44 e me acho gostosa. G-O-S-T-O-S-A!!! Você pode se chocar com a palavra, mas pense bem... quantas mulheres você conhece que se autodenominam assim? Seja porque a mídia prega que mulher bonita é esquelética de magra ou porque os fashionistas preferem os cabides de roupa; vai ver que a sua mãe sempre pegou no seu pé para se manter no "peso ideal" ou seu sonho é desfilar como as as atrizes e celebridades... não importa. Você foi levada a pensar que pessoas magras são bonitas. Gordinhas são feias, infelizes, insatisfeitas, porcas, vacas e mais um monte de idiotices repetidas zilhões de vezes como vocabulário de papagaio.
Eu visto 44 e sou muito mais bonita agora do que quando pesava 57 e vestia 38. Uma cara esquálida, um sorriso sem covinhas, perninhas de sabiá e nada sobrando pra pegar. Era assim que eu me sentia. Normal, seca, nada interessante. As roupas ficavam bonitas e só. Bem, nem todas as roupas, né? Digam o que quiser, minhas calças jeans revelam o que sempre suspeitei: ficam muito melhores com bumbum para preenchê-las.
Uma morena de parar o trânsito. A mulherada pode até reclamar e achar mil defeitos no meu corpo cheio de curvas, mas os homens gostam. Não que qualquer um além do meu marido importe... À propósito, ele ama.
Posso parecer muito metida, com amor próprio exacerbado e há quem diga que tudo não passa de recalque porque não consigo emagrecer, mas vai por mim, apenas aprendi a me amar assim, exatamente como eu sou. Me matar de fome em dietas amalucadas, só comer salada quando sair com os amigos, ficar contando calorias e enchendo o saco dos seguidores no Facebook com as fotos na academia, ingerir shakes, whey, inibidores de apetite, abrir mão de bolo, pão e brigadeiro... simplesmente não é para mim. Faço academia sim, malho, vou à aulas de aeróbica, mas tudo por saúde, mais fôlego, disposição e mais firmeza nas abundantes carnes com que Papai do céu me dotou.
Essa vida de tudo light, low carb, calorias calculadas, tudo isso não me atrai. Porque eu gosto de sair com amigos e familiares e comer de tudo, beber caipirinhas (com açúcar, please?!) e chop, provar aperitivos, beliscar, me entupir de chocolate na TPM, não "frescar" se alguém me convida para ir ao Outback (friturinhaaaas!) ou à um churrasco. A vida é para ser vivida e aproveitada. Se exageros, claro, nem para um lado nem para o outro. Nem fome zero e exercícios até a exaustão... nem descontar todos os problemas na comida. A ordem do dia, do mês, da vida é EQUILÍBRIO!
Esse post veio do meu desespero em ler blogs, revistas, sites e perfis nas redes sociais sobre fitness, corpo ideal, anorexia, bulimia, barriga negativa e tantas outras loucuras. As pessoas perderam os limites, exageram nas suas buscas por felicidade e perfeição, aceitam e propagam absurdos sobre magreza, saúde e musculação. Relaxa gente... nem só de academia e regime vive o homem (e a mulher, claro!), mas de experiências saudáveis, divertidas, amizade, férias, mente e corpo sãos... e uns quilinhos a mais não são o fim do mundo. Concorda?
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Gata-garota, peço desculpas pelo sumiço e pela falta de posts. Estou tendo dificuldades em me focar no blog no momento. Entre um crescimento considerável das minhas atividades no trabalho, uma parada forçada para fugir viajar com o marido num fim de semana louco desses (já fui e já voltei) e uma pilha de livros (físicos e virtuais) suuuuper interessantes que andei devorando, acabei me enrolando mais. O que importa é que tô de volta e a chapa vai esquentar. *rsrs*
Beeeijo grande!
