sexta-feira, 13 de novembro de 2015

A garota lê: Ligações - Rainbow Rowell


Oie, garota!!!

Há alguns meses eu conheci a autora mais fofa de todos os tempos, a Rainbow Rowell. Comecei lendo o livro "Anexos", depois passei para "Fangirl" e finalmente devorei "Eleanor & Park" (Oooown! ♥). E não precisa nem pedir, logo trago a resenha desses livros aqui pro VG.

Acontece que um dia desses eu estava dando um tempo no shopping enquanto marido terminava uns afazeres no trabalho pra gente poder voltar pra casa, e como de praxe, entrei numa livraria para sofrer ver as novidades. Foi aí que encontrei esse livro da autora, do qual eu nem tinha conhecimento de ter sido lançado e não resisti. Comprei o bendito (os outros eu li no Kobo) e sentei no primeiro banco do shopping que encontrei para começar a diversão. Enquanto estou com a estória fresca na memória, é melhor colocar logo no blog, né? Vamos comigo?

Título: Ligações
Título original: Landline
Tradução: Caio Pereira
Autora: Rainbow Rowel
Gênero: Ficção norte-americana/Romance/Chick lit
Editora: Novo Século
303 páginas

Sinopse:
Georgie McCool sabe que seu casamento está estagnado. Tem sido assim por um bom tempo. Ela ainda ama seu marido, Neal, e ele também a ama, profundamente – mas o relacionamento entre eles parece estar em segundo plano a essa altura. Talvez sempre esteve em segundo plano.
Dois dias antes da tão planejada viagem para passar o Natal com a família do marido em Omaha, Georgie diz a ele que não poderá ir, por conta de uma proposta de trabalho irrecusável. Ela sabia que ele ficaria chateado – Neal está sempre um pouco chateado com Georgie –, mas não a ponto de fazer as malas e viajar sozinho com as crianças.
Então, quando Neal e as filhas partem para o aeroporto, ela começa a se perguntar se finalmente conseguiu. Se finalmente arruinou tudo.
Mas Georgie estava prestes a descobrir algo inacreditável: uma maneira de se comunicar com Neal no passado. Não se trata de uma viagem no tempo, não exatamente, mas ela sente como se isso fosse uma oportunidade única para consertar o seu casamento – antes mesmo de acontecer…
Será que é isso mesmo o que ela deve fazer?
Ou ambos estariam melhor se o seu casamento jamais tivesse acontecido?

Sobre a autora:
Rainbow Rowell escreve sobre adolescentes (Eleanor & Park e Fangirl), e às vezes sobre adultos (Attachments e Landline).
 Mas ela sempre escreve sobre pessoas que falam MUITO! E pessoas que sentem que estão fazendo tudo errado na vida.
Informações retiradas do site Skoob

Sobre "Ligações":

Rainbow Rowell me conquistou no primeiro livro que li. Ela tem o poder de criar personagens fofos e cativantes, daqueles que a gente torce com bandeirinhas e gritos de guerra até a última página. E não pega nada mal essa mania insistente dela de nos fazer viver as relações dos personagens intimamente.

Em Ligações, a personagem principal, a senhora Georgie McCool é uma roteirista de sitcoms (séries de tv americanas de comédia, geralmente gravadas com plateia). Georgie trabalha desde a faculdade com o sempre impecável e almofadinha, Seth. E é durante a faculdade e seu estágio na revista Spoon que Georgie deixa sua paixonite por Seth, o Perfeito, e começa a se interessar pelo reservado (e muitas vezes rabugento) Neal. Mas não é assim que a estória começa.

O livro tem início no dia 17 de setembro de 2013, quando a família de Georgie e Neal estão prestes à embarcar rumo à Omaha para comemorar o Natal com a mãe de Neal. Já estava tudo pronto, as malas feitas, arranjos terminados, quando Georgie avisa que não poderá se unir ao marido e às duas filhas, Alice e Noomi, na viagem. Tudo porque um figurão da tv resolveu comprar o programa criado por Seth e Georgie. Eles estão trabalhando nessa nova comédia desde quando se conheceram e, finalmente, tem a chance de vê-lo produzido e enfim estreando.

É claro que Neal não gostou nadinha da recusa da esposa em viajar, assim como não gostava do "amiguinho" Seth e das escolhas da mulher que sempre acabavam a afastado do convívio familiar. Georgie é bem consciente de suas falhas, seu egoísmo e do quanto vem pisando feio na bola com sua família. Afinal, é Neal quem realmente cria as filhas, cuida da casa e mantém tudo funcionando.

Neal e as meninas realmente embarcam para Omaha e Georgie fica em Los Angeles para trabalhar. Só que a partida de Neal não deixou uma boa impressão em Georgie. Ela sente que seu casamento está desmoronando e teme que o marido e as filhas percebam que não precisam dela, que são uma família funcional e feliz sem a mãe/esposa. Essa situação a sufoca e ela simplesmente não consegue ficar em casa sozinha. É assim que Georgie começa a passar as noites na casa de sua mãe. E em meio a recordações de sua vida de solteira e muitas explicações de que não está se divorciando (é o que a mãe, o marido da mãe e sua irmã mais nova pensam), Georgie tenta entrar em contato com seu marido, que não quer muito papo com ela. Neal não atende o celular em todas as vezes que ela liga, não retorna as ligações e não responde mensagens. Então Georgie resolve ligar do velho telefone de disco escondido em seu quarto de solteira. É aí que a estória fica interessante!
"Tem um telefone mágico no meu quarto de infância. Posso usá-lo para ligar pro meu marido no passado. (Meu marido que ainda não é meu marido. Meu marido que talvez não devesse virar meu marido.)
Tem um telefone mágico no meu quarto de infância. Eu o desliguei hoje de manhã e escondi no armário.
Vai ver todos os telefones da casa são mágicos.
Ou talvez eu seja a mágica. Mágica temporária. (Ah! Trocadilho sobre viagem no tempo!)
Isso conta como viagem no tempo? Se é só a minha voz que está viajando?
Tem um telefone mágico escondido no meu armário. E acho que está conectado ao passado. E acho que tenho que consertar alguma coisa. Acho que tenho que corrigir alguma coisa."

Essa mulher que mal lembra quem era na época em que conheceu seu marido (não o atual, o que ainda era só namorado) começa a se comunicar com o mesmo todos os dias. Nos intervalos entre as ligações, Georgie vai contando a estória dos dois, como se conheceram, como se apaixonaram e todos os erros que ela cometeu ao longo dos anos. Aí fica aquela dúvida: Georgie deve mesmo consertar seu casamento? Ou deixar que Neal seja feliz de outra forma? É nesses devaneios que a gente conhece melhor o Neal e aí já não acha que ele é tão rabugento assim.


Na verdade, Neal é um fofo, super romântico e compreensivo. E o amor que eles construíram não é perfeito, mas é belo mesmo assim.

Me diverti muito com esse livro. Apesar de ver os erros e idiossincrasias de Georgie (ela é péssima mãe e esposa!), torci por ela, pela família linda. Os diálogos da personagem principal com as filhas, sobretudo com a mais nova, são hilários. A sogra e a mãe de Georgie também rendem muita gargalhada. Muito doidinhas elas. E o romance... aaaaah, o romance... vale cada página. Um amor real, possível (apesar do telefone mágico), comum até, mas com seus encantos. Afinal, segundo a própria descrição dos editores da autora, ela gosta de escrever sobre pessoas que sempre acham que estão fazendo tudo errado.

Não espere grandes lições de moral e de vida. Isso aqui não é livro de auto-ajuda, é chic lit. Mas pode esperar (e terá!) um entretenimento leve e saudável, com partes engraçadas e partes cheias de emoção. Talvez você até chore no final, se conseguir se identificar e se envolver. Eu chorei...



Abraço apertado;





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